terça-feira, 7 de setembro de 2010

Passinhos de bebé

    

     Depois do óvulo e do espermatozóide se unirem, a célula única assim formada começa a multiplicar-se rapidamente, dividindo-se em duas células, quatro, oito, 16, 32, 64 e assim sucessivamente. Essa quantidade crescente de células constitui uma minúscula esfera oca, que se aloja na parede interna do útero, 11 ou 14 dias após a concepção. A esfera de células divide-se, então, em duas secções. Uma dela será o embrião e a outra vai transformar-se na placenta.
     O primeiro mês é uma das fases mais decisivas do desenvolvimento físico do embrião. Cerca de duas semanas após a falta de período, o embrião tem aproximadamente 1 cm de comprimento e já se consegue distinguir a cabeça, o sistema nervoso, o tronco e una minúsculos membros superiores e inferiores. Por volta da quarta semana, o coração começa a bater e poderá ser visto na ecografia, pela 5ª ou 6ª semana.

sábado, 28 de agosto de 2010

Uma casa temporária

    

     A placenta é um orgão precioso, completo e imprescindível numa gravidez. É uma bolsa que se irá encarregar de fornecer tudo o que o bebé precisa para se desenvolver harmoniosamente, agregando todos os orgãos do ser humano  num só: pulmões, coração, rins, aparelho digestivo, cérebro, entre tantos outros.
     Mas a placenta, além de albergar o bebé, é também constituída pelo líquido amniótico. Trata-se de um líquido claro e aquoso, contido no saco amniótico, que protege o bebé dentro do útero. Este fluido tem diversas importantes funções. Mantém o útero distentido, fornecendo um "lago" seguro, dentro do qual o bebé  em desenvolvimento pode movimentar-se à vontade. É também um espécie de almofada absorvente e anti-choque, que protege das pressões exercidas no exterior, sobre o abdómen da mãe.
     Nos exames pré-natais, pode ser utilizada uma amostra de vilosidades coriais na gravidez de poucas semanas, para detectar se existe algo de anormal em relação ao feto. A amniocentese é outro exame semelhante, onde se extrai um pouco de líquido amniótico para análise, feito em mães consideradas de risco de terem bebé deficiente.
     Por tudo isto, a placenta é, acima de tudo, a sustentação de todo o novo ser e que conserva, ainda, o grande segredo da criação.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Era uma vez uma Gravidez



     Nem todas as mulheres sentem os primeiros sintomas de uma gravidez. Um dos primeiros sinais é a ausência de menstruação mas, por vezes, e para acalmar a ansiedade de um momento muito desejado, atribuem-se milhares de desculpas e considera-se a falta da menstruação um simples atraso. Com efeito, muitas são aquelas que experimentam sintomas transversais à menstruação e gravidez: aumento e tensão mamária, dores abdominais, mudanças de humor e até algum cansaço anormal. Por isso, um teste de gravidez, seja em laboratório seja na farmácia, acaba com qualquer dúvidas.
     E deu positivo; os dois traços do teste são a primeira chamada à realidade: há um bebé que está a crescer dentro da mulher.
     Antes de se dar conta de que está grávida, já que o seu corpo tinha iniciado um diálogo ímpar,cujo privilégio cabe apenas às mulheres. Cerca de duas semanas do início do ciclo menstrual da mulher, dá-se a ovulação. Este processo corresponde à libertação de um óvulo por um dos ovários, e ao mesmo tempo, o útero prepara-se para receber o óvulo fertil. Quando fecundado, ou seja, quando o espermatozóide "fura" o óvulo, junta-se a informação de ambos (óvulo e espermatozóide) e começa a criar-se um novo ser.
     Cerca de uma semana depois, o que inicialmente se tratava de uma singela célula, passa a ser um "cacho" com uma centena de células implantadas no útero. Uma parte destas células irá ser a placenta, outra o bebé, que contém um conjunto de genes.
     Esses genes, que se juntaram para criar um bebé único, estão combinados em 23 pares de cromossomas - as cadeias DNA - que levam o código genético a cada célula do nosso corpo. Cada par é formado por um elemento de cada um dos pais e a nova combinação dos genes decidirá se o seu bebé será loiro ou moreno, alto ou baixo, mulher ou homem e se fisicamente, vai ser mais parecido com a mãe ou com o pai. Só a partir da décima semana é que o feto dispõe de um ninho muito próprio e digno de o acolher durante as próximas 30 semanas: a placenta.